Alimentos

Os químicos podem estar presentes nos alimentos como resultado do modo como foram produzidos – por exemplo se foram usados pesticidas nas maçãs – ou como resultado de poluição ambiental – por exemplo se o peixe ingeriu mercúrio presente no mar.

Alguns dos resíduos químicos frequentemente encontrados nos alimentos, como é o caso dos resíduos de pesticidas, têm sido associados, com evidências cientificas  sólidas, a desregulação hormonal (EDP’s – Endocrine disrupting pesticides). Dado que as hormonas regulam quase tudo no nosso organismo, os EDP’s potenciam múltiplos problemas de saúde (distúrbios reprodutivos, metabólicos, neurológicos e imunitários, certos tipos de cancros, má formação de fetos, etc.). A prevenção da ingestão de EDP’s, e tendo em conta o seu efeito acumulativo no nosso organismo, é importante para a população em geral e é particularmente crítica no caso de grávidas e crianças pequenas.

Então e a legislação europeia não nos protege? A realidade atual é que, embora a legislação europeia seja das mais avançadas do mundo, ainda não nos protege suficientemente dos EDT’s pelo que é fundamental tomar precauções individualmente, que implicam interessarmo-nos mais pela origem e modo de produção dos alimentos que chegam ao nosso prato. Assim, embora sendo praticamente impossível, no nosso dia a dia, identificar e evitar todos os químicos presentes nos alimentos, é importante minimizar os riscos, conhecendo as suas fontes mais prováveis e evitando, ou consumindo com moderação, determinados alimentos.