Há anos (desde 2017) que se arrastava o processo europeu de restrição de microplásticos intencionalmente adicionados a produtos, mas finalmente esta semana houve luz verde e foi aprovado o texto final. Se por um lado se trata da maior restrição de substâncias químicas até ao momento, também é um facto que alguns períodos de transição são demasiado longos, levando à contínua libertação de microplásticos desnecessários no ambiente.
O processo que se segue:
Segue-se agora um período de avaliação de 3 meses pelo Conselho e Parlamento Europeus, mas não se esperam objeções, pelo que a restrição deverá ser publicada e entrar em vigor até ao final do verão.
O bom e o menos bom do texto aprovado:
O bom: esta á a restrição de químicos mais abrangente até ao momento e cobre todos os microplásticos adicionadas intencionalmente a produtos nos diferentes setores (desde detergentes e dispositivos médicos, cosméticos ou campos desportivos).
O menos bom: existem muitas lacunas (por exemplo uma derrogação para os microplásticos biodegradáveis) e, em muitos casos, períodos de transição excessivamente longos (por exemplo, 8 anos para os campos desportivos ou até 12 anos para maquilhagem e produtos para as unhas e lábios). Isto significa que poderá levar anos até que a restrição se torne uma realidade e que as emissões de microplásticos destas fontes diminuam.
Comentários recentes