Após mais de uma década de avisos da comunidade científica, o Bisfenol A (BPA) foi finalmente proíbido na UE.
Trata-se de um desregulador endócrino que há muito faz parte da Lista de Substâncias de Elevada Preocupação pelos riscos de promoção de cancro da mama, diabetes e distúrbios neurológicos. A decisão agora tomada proíbe a sua utilização em materiais em contacto com alimentos o que impactará utilizações habituais desta substância no revestimento de latas de alimentos e bebidas; dispensadores de água; garrafas reutilizáveis em policarbonato; caixas plásticas e outros utensílios de cozinha.
Esta proibição envolve não apenas o BPA mas também outros bisfenóis e derivados considerados perigosos, no entanto, ela limita-se à sua utilização nos materiais em contacto com alimentos, deixando de fora outras utilizações habituais que incluem brinquedos e têxteis sintéticos. Estudos recentes realizados na UE detetaram níveis preocupantes de bisfenóis em roupa interior feminina.
A ZERO e outras ONG europeias congratulam-se com esta proibição mas consideram que peca pela falta de abrangência, apelando a uma proibição total do BPA e outros bisfenóis perigosos em todos os produtos de consumo, de modo a proteger a saúde dos cidadãos.